terça-feira, 20 de agosto de 2013

Judite.

 Depois de passar os olhos por tantos posts sobre a "famosa entrevista" de Judite de Sousa ao tal rapaz brasileiro, lá me dignei eu a ver tal coisa.
 Confesso que dá para rir, e bem. É o espelho da sociedade que temos, infelizmente.
 Uma pessoa com um ordenado muito acima do nosso salário minimo nacional (referindo-me à D. Judite), teve um momento iluminado no qual achou perfeito falar em privilégios e obrigações do tal rapaz. Ora bem, posto isto de forma muito simples, se ele que tem imenso dinheiro tem (e não, não tem) obrigação de ajudar os que estão em dificuldades, não estará na lista de obrigações dela também? Tendo em conta que ganha mensalmente o salário minimo multiplicado por 56? Terá esta senhora a consciência tranquila, quando passa por algum sem abrigo ou algum necessitado e por acaso correrá ela em seu auxílio? Porque se considera obrigação do rapaz, não seria dela também, porque ela não é também uma privilegiada? Foi falar o roto ao nú...
 Sem referir os ataques todos infundados, o tom agressivo com que a entrevista foi conduzida e o facto de nem deixar o moço acabar de falar muitas das vezes, é caso para ter a certeza que estamos todos entregues aos bichos e ao cancro intelectual desta gentalha hipócrita.
 Em relação ao rapaz ter possivelmente um relógio de 50 mil euros, não é também problema dele? Aposto que se a senhora gostar de u'mamala Chanel e tiver possibilidade de a comprar que o fará, sem pensar sequer duas vezes nas almas pobrezinhas da crise deste país. Tal como qualquer um de nós, se fossemos mais abastados e pudéssemos gastar num pequeno ou grande luxo, qual seria o pecado de tal esbanjamento? Absolutamente nenhum! Tal como não teremos lugar garantido no céu só porque damos uma esmola a alguém mas não é certamente por isso que o vamos deixar de fazer.
 Tirando isto, adorei a nova visão sobre as tatuagens! Ter tatuagens é sinal de excentricidade. Pode ser que agora passe também eu a ser vista de outra maneira e me estendam algum tapete vermelho, em vez do tapete do preconceito. Ai, ai...

(O meu Benfica lá começou outro campeonato a não ganhar nada, mas não quero sequer abranger demais tal tema...)

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